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O movimento conhecido como Thelema foi estabelecido com a escritura de O Livro da Lei. Este Livro foi ditado a Aleister Crowley no Cairo, Egito, no ano de 1904.
É formado por três capítulos totalizando 220 versículos (referenciados normalmente como AL C:v, onde C é o capítulo e v o versículo), cada qual escrito no período de uma hora, começando ao meio-dia, dos dias 08, 09 e 10 de abril.
Segundo Crowley, o autor foi uma entidade espiritual elevada denominada Aiwass, a qual posteriormente ele identificou como sendo seu próprio Sagrado Anjo Guardião. Os ensinamentos contidos nesse curto Livro são claramente expressos na Lei de Thelema, sintetizada nestas duas frases:
"Faze o que tu queres será o todo da Lei" (AL I:40)
"Amor é a lei, amor sob vontade" (AL I:57)
A interpretação deste Livro é considerada uma questão estritamente individual. A colocação de ideias pessoais acerca do Livro ou seu conteúdo é fortemente desencorajada para que não se criem dogmas ou interpretações oficiais sobre ele. Ainda que Crowley tenha expressado o desejo de ver a Lei de Thelema promulgada em todas as áreas da sociedade, o sucesso desta promulgação baseia-se mais no exemplo pessoal de cada thelemita, levando a que outras pessoas considerem aquela filosofia de vida como válida para si mesmas, assim adotando-a, do que pela evangelização ou tentativas de conversão.
Como se diz no próprio Livro, "O sucesso é a tua prova: não argumentes, não convertas; não fales demasiado!" (AL III:42) É também proibida qualquer alteração, redução ou inclusão de trechos em Liber AL vel Legis, devendo ser mantida intacta sua estrutura, texto e mesmo o estilo de escrita. Todas as edições devem, também, trazer incluso o fac-símile do manuscrito original e, se possível, as traduções devem ter presente também o texto original em inglês. Isso é feito para evitar que interpretações pessoais subvertam o conteúdo do Livro.
Crowley escreveu o Livro da Lei nos dias 08, 09 e 10 de abril de 1904, entre o meio-dia e as 13h. Crowley descreve seu encontro com Aiwass no "The Equinox of the Gods" ("O Equinócio dos Deuses").
Liber AL vel Legis - Parte 1
segunda-feira, 27 de abril de 2015
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Sobre a expressão da arte.
quarta-feira, 1 de abril de 2015
Sobre a expressão artística.
Um pássaro quando canta, ele tem a intenção de "criar" beleza? Não.
Uma aranha quando tece uma formosa teia, ela tem intenção de realizar técnicas e "criar" beleza? Não.
Nós as classificamos assim, a beleza é natural, vem de dentro, não é intencional.
A verdadeira beleza da arte vem da forma como você encara a sobrevivência. Mas e as outras beleza, que suponho não serem "naturais"? Arrisco à dizer que estas são imitações das belezas naturais (que as vezes chegam um pouco perto).
Como um homem por exemplo escreve sobre a profunda pobreza se ele nunca esteve em tal?
É óbvio que ele está imitando ou se inspirando na vivência de outro homem que de fato já esteve ou está nessa pobreza. Por mais que o homem chegue "a sentir" na pele a tristeza do homem que está na pobreza, ele jamais apresentará a dor da pobreza em sua totalidade.
Por que Mona Lisa é vista de forma tão exuberante?
Porque Mona Lisa foi por muito considerado como a representação artística do centro da existência de Da Vinci, ou seja seu objetivo principal, seu fascínio pelos mistérios da humanidade e também a perfeita harmonia entre a humanidade e a natureza que tanto lhe inspirava.
A pintura também representa os mais altos enigmas e mistérios, que de fato "assombravam" Da Vinci em toda sua vida, ele passou sua vida inteira atrás de mistérios de Religiões, mitologias e misticismo, ciências e várias outras disciplinas que ele se mostrou muito hábil e conseguiu expressar tudo isso através de uma simples pintura.(Jamais pense que pra ele em uma época tão conservadora foi fácil "burlar" o catolicismo que era de fato muito presente, com severas punições caso fizesse algo contra a bíblia, por exemplo: ele gostava de dissecar corpos, que a biblia condenava, e também seu fascínio abrangia quase todas as religiões e mitologias, isso era praticamente "heresia", ou seja à todo momento ele estava arriscando sua VIDA pra ir atrás de conhecimentos proibidos ou "ocultos").
Hoje quando olhamos pra Mona Lisa vemos não a beleza de Da vinci, mas sim a sua sobrevivência e suas agonias, e sua forma de lidar com a vida é a existência, também seu profundo e desesperado desejo para o rumo que a humanidade poderia tomar e também de dissipar os mistérios que ele vinha aprendendo.
É lindo e até heroico, mas temos de lembrar que os heróis sempre se sacrificam pela sabedoria e pelo povo.
Podemos usar diversos exemplos de grande Gênios da ciência e das artes que em sua vida houve dificuldades notáveis capaz de levar um homem ao desastre, mas no meio de todo esse lamaçal de problemas, conseguiu expressar algo sublime e original que de fato vira inspiração, ajuda e exemplo pra humanidade. Mais uma vez, a mais pura arte saindo da "sobrevivência".
- Pedro Fraga
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